domingo, 19 de outubro de 2014

Pinga-Fogo (Debate da Record)



Quase paz e amor – O debate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) na TV Record surpreendeu ao não se tornar mais um festival de trocas de farpas. Ambos os candidatos  apresentaram um comportamento mais cordial. Se não chegou ser um clima de paz e amor, tampouco chegou perto do clima belicoso que prevaleceu nos últimos debates. 

Na sombra – Dilma passou o primeiro bloco inteiro do debate na sombra, literalmente. A iluminação do estúdio da Record falhou visivelmente com a candidata a reeleição. A falha na iluminação deve ter sido contestada por assessores petistas e a partir do segundo bloco a iluminação dela foi aprimorada sensivelmente.  

Estratégia da petista – Dilma em vários momentos fez comparações entre o Brasil de hoje e o Brasil de 12 anos atrás, quando era governado pelo PSDB.  

Estratégia do tucano – Aécio focou suas falas em críticas a gestão petista e nos escândalos de corrupção.

Estratégia em comum – Ambos os candidatos apostaram, também, mais na construção de ideias e menos na desconstrução do adversário, deixando de lado críticas pessoais. 

Mediadores – Faltou imposição e força aos dois mediadores do debate. Os âncoras do Jornal da Record, Adriana Araújo e Celso Freitas, ficaram impotentes diante das vais e aplausos da plateia e do desrespeito dos candidatos em relação ao tempo esgotado para respostas durante todo o debate. Acredito que a própria fórmula utilizada os prejudicou, pois quando se tem uma mediação dividida em dois jornalistas, divide-se também o poder exercido por cada um.

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