quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Débitos de campanha em Goiana podem ser reflexos das dívidas milionárias em todo o estado

Nos últimos meses os bastidores da política goianense estiveram repletos de lamentações sobre a falta de dinheiro para manter ativas as campanhas eleitorais. É bem verdade que todo político gosta de chorar suas pitangas para evitar o inevitável, o tradicional "tiroteio" de pedidos. Mas, a choradeira foi generalizada e acompanhada de discursos semelhantes, todos culpando a tal da majoritária.

Talvez essas vacas magras decantadas por nossos políticos locais, seja o reflexo de uma realidade que assombra as campanhas de Paulo Câmara (PSB), eleito governador de Pernambuco, e de Armando Monteiro Neto (PTB), que ficou em segundo lugar. Ambas as candidaturas deixaram dívidas milionárias para serem quitadas, como comprovam os dados da prestação final de contas, divulgada pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) na noite desta terça-feira (4).

Quem mais deve é Armando, que arrecadou R$ 19.736.207,21. No entanto, terminou a campanha com contas a pagar de R$ 24.532.405,69. Ou seja, um rombo de R$ 4.796.198,48.

Paulo Câmara ficou com uma dívida menor, mas, também milionária. O candidato governista arrecadou R$ 17.986.657,10 e gastou  R$ 19.064.358,64. Ou seja, deixou uma dívida de R$ 1.077.701,54.

É importante ressaltar que não existe qualquer confirmação oficial ligando esses débitos milionários com as supostas dívidas alardeadas nos bastidores políticos do município. E, se é possível olhar por esse prisma repleto de cifrões como algum tipo de parâmetro para a realidade local, Goiana parece mais uma gota no oceano. O que certamente não diminui o descontentamento daqueles que começaram o período eleitoral como profissionais contratados, ainda que informalmente, e terminaram como credores de títulos de fundo perdido.

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