terça-feira, 23 de maio de 2017

Bancada da Oposição pede explicações a Paulo Câmara sobre recursos recebidos da JBS

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À frente o líder Sílvio Costa Filho (PRB), a bancada de Oposição na Assembleia Legislativa pediu nesta segunda-feira (22) explicações do governador Paulo Câmara e ao prefeito do Recife, Geraldo Júlio, sobre as declarações do executivo da JBS, Ricardo Saud, de que o grupo liberou para o PSB pernambucano na campanha de 2014 cerca de R$ 15 milhões.

Segundo Costa Filho, Saud afirmou em sua delação premiada que foi procurado pelo prefeito do Recife e pelo então candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, para tratar de doações da empresa para a campanha do PSB.

“Saud fala, inclusive, em ter recebido, na sede da empresa, ao lado do empresário Joesley Batista, o governador do Estado e o prefeito do Recife. Li atentamente as notas divulgadas por Paulo e Geraldo e, no entanto, em nenhum momento vi nenhuma referência ao encontro. De fato, houve ou não esse encontro com o delator? E se houve, e não foi tratado nada relacionado à campanha, o que o governador de Pernambuco e o prefeito da capital foram tratar na sede da empresa?”, questionou Sílvio Costa Filho.

Já o deputado dissidente Álvaro Porto (PSD) foi ainda mais duro nas cobranças. “Paulo Câmara cobrou explicações do presidente Michel Temer e os pernambucanos esperam o mesmo dele. O governador vai renunciar, como propôs a Temer o prefeito Geraldo Júlio, de quem Paulo Câmara é aliado?”, perguntou o parlamentar.

De acordo com os oposicionistas, esta não é a primeira vez que o PSB pernambucano e seus quadros são citados em delações ou operações da Polícia Federal.

Segundo eles, o PSB de Pernambuco é alvo de pelo menos sete operações da Polícia Federal: cinco no âmbito da Lava-Jato (Vórtex, Filhotes, Vidas Secas, Politeia e Catilinárias) e duas que tratam especificamente de questões locais (Fair Play, que investiga irregularidade na construção da Arena Pernambuco, e Turbulência, que apura um suposto esquema de corrupção que teria movimentado cerca de R$ 600 milhões desde 2010.

Fonte: Inaldo Sampaio

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